"Tentar fechar as contas do mês pagando R$ 0,22 a mais pelo litro da gasolina foi um exercício que muitos consumidores começaram a fazer desde a semana passada, quando o governo decretou um reajuste de PIS/Cofins que fez com que a gasolina passasse a sair das refinarias R$ 0,22 mais cara por litro e o diesel R$ 0,15.
Mas quando os novos preços começaram a valer, no domingo, o impacto nas bombas se mostrou ainda maior. Em uma pesquisa feita, na segunda-feira, pelo "Diário", em 25 postos de Santa Maria, foi verificado um aumento médio de R$ 0,29 (9,36%), mas a gasolina chegou a subir até R$ 0,40 o litro.
Logo que soube do reajuste, houve quem enchesse o tanque nos postos que ofereciam os menores altas ou que ainda não tinham subido os preços. A procura foi tanta que no Posto MGM, que oferecia o menor preço, o combustível acabou.
O Procon-RS anunciou que vai notificar o Sindicato dos Revendedores de Combustíveis e Lubrificantes (Sulpetro) por conta do aumento da gasolina acima do anunciado pelo governo, e depois, pedir aos Procons municipais que fiscalizem os preços. Apesar de o Procon não ter o poder de fixar ou limitar o preço da gasolina, o Código de Defesa do Consumidor considera como prática abusiva a elevação sem justa causa.
Donos de postos alegam ter uma explicação para o aumento, que em alguns locais chegou a quase o dobro do esperado.
_ É uma falha do governo. Ele anuncia só o aumento dos combustíveis nas refinarias. Mas, depois de sair delas, os combustíveis passam para as distribuidoras, que também reajustam seus preços, de acordo com seus custos e suas perdas. Parece que tudo é culpa dos postos, mas não é bem assim. Dependendo da companhia, o reajuste na gasolina foi de R$ 0,40 _ afirma o gerente comercial dos Postos Santa Lúcia, Cláudio Tavares.
Um dos donos do posto Ferrari II, Henrique Denardin Portella, explica que trabalha com duas distribuidoras e, mesmo assim, o impacto foi alto:
_ Para nós, a gasolina chegou com um reajuste de mais de R$ 0,30, o diesel de R$ 0,20, e o álcool entre R$ 0,10 e e R$ 0,12.
Variação que pesa no bolso
Na semana passada, encher um tanque de 45 litros de gasolina custava de R$ 129,15 a R$ 143,10. Agora, com uma variação média de 9,36% ou R$ 0,29, encher o mesmo tanque passou a custar de R$ 138,60 a R$ 157,45. Na prática, uma família que usa quatro tanques de gasolina por mês vai gastar de R$ 554 a R$ 629,80.
Outra notícia ruim é que esse aumento impacta nos preços de outros produtos e serviços. Valdir Beck, que conserta eletrodomésticos e busca e devolve os produtos na casa dos clientes, já reavalia o valor do serviço:
_ Vou colocar na balança e avaliar bem esse custo extra.
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Mas quando os novos preços começaram a valer, no domingo, o impacto nas bombas se mostrou ainda maior. Em uma pesquisa feita, na segunda-feira, pelo "Diário", em 25 postos de Santa Maria, foi verificado um aumento médio de R$ 0,29 (9,36%), mas a gasolina chegou a subir até R$ 0,40 o litro.
Logo que soube do reajuste, houve quem enchesse o tanque nos postos que ofereciam os menores altas ou que ainda não tinham subido os preços. A procura foi tanta que no Posto MGM, que oferecia o menor preço, o combustível acabou.
O Procon-RS anunciou que vai notificar o Sindicato dos Revendedores de Combustíveis e Lubrificantes (Sulpetro) por conta do aumento da gasolina acima do anunciado pelo governo, e depois, pedir aos Procons municipais que fiscalizem os preços. Apesar de o Procon não ter o poder de fixar ou limitar o preço da gasolina, o Código de Defesa do Consumidor considera como prática abusiva a elevação sem justa causa.
Donos de postos alegam ter uma explicação para o aumento, que em alguns locais chegou a quase o dobro do esperado.
_ É uma falha do governo. Ele anuncia só o aumento dos combustíveis nas refinarias. Mas, depois de sair delas, os combustíveis passam para as distribuidoras, que também reajustam seus preços, de acordo com seus custos e suas perdas. Parece que tudo é culpa dos postos, mas não é bem assim. Dependendo da companhia, o reajuste na gasolina foi de R$ 0,40 _ afirma o gerente comercial dos Postos Santa Lúcia, Cláudio Tavares.
Um dos donos do posto Ferrari II, Henrique Denardin Portella, explica que trabalha com duas distribuidoras e, mesmo assim, o impacto foi alto:
_ Para nós, a gasolina chegou com um reajuste de mais de R$ 0,30, o diesel de R$ 0,20, e o álcool entre R$ 0,10 e e R$ 0,12.
Variação que pesa no bolso
Na semana passada, encher um tanque de 45 litros de gasolina custava de R$ 129,15 a R$ 143,10. Agora, com uma variação média de 9,36% ou R$ 0,29, encher o mesmo tanque passou a custar de R$ 138,60 a R$ 157,45. Na prática, uma família que usa quatro tanques de gasolina por mês vai gastar de R$ 554 a R$ 629,80.
Outra notícia ruim é que esse aumento impacta nos preços de outros produtos e serviços. Valdir Beck, que conserta eletrodomésticos e busca e devolve os produtos na casa dos clientes, já reavalia o valor do serviço:
_ Vou colocar na balança e avaliar bem esse custo extra.
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